sexta-feira, 21 de agosto de 2015

        O PMDB, o óculo e a professora

Eduardo Mattos Cardoso                  eduardomattoscardoso@gmail.com

            O mercado óptico tem crescido muito. “Nunca na história desse país” se vendeu tanto óculo. Mas parece que a maioria é falsificado. Anda “ofuscando” a visão de muita gente! É claro que não devemos esquecer que a visão do ser humano – e consequentemente daquilo que se quer enxergar – está diretamente relacionado com a capacidade e o alcance de seu pensamento.
            O PMDB parece contribuir para o uso de “óculos piratas”. O partido atual é oriundo da bipartidarização da Ditadura. Até a abertura democrática de meados da década de 1980 dois partidos dominavam: a ARENA, partido oficial que dava sustentação aos militares, e o MDB, que “fazia de conta” que era oposição. Acostumou-se com os bastidores do poder.
            Com a redemocratização não largou mais “o osso” federal. Sarney foi presidente de 1985 à 89. O PMDB esteve junto com Collor de 1990 à 92. Quando este foi cassado, seu vice Itamar Franco assumiu pelo PMDB até 1994. De 1995 à 2002 o PMDB esteve abraçado com Fernando Henrique Cardoso. E em nome da “governabilidade” está desde 2003 até hoje de “mãos dadas” com o PT.
            No Rio Grande do Sul, a partir da redemocratização, o PMDB teve Pedro Simon como Governador até 1990. Antônio Britto governou de 1995 à 98. De 2003 à 2006 foi a vez de Germano Rigotto. O PMDB apoiou Yeda Crusius do PSDB de 2007 à 2010. E agora voltou com Sartori.

            Lembrando-se desse “ad aeternum” do PMDB no poder e sua volta com Sartori, uma professora estadual começou a comparar seus contracheques desde o tempo do Simon. Fez uma comparação simples. Somou as reposições salariais autorizadas por Simon, Britto, Rigotto e Yeda. E comparou com o que foi recebido de 2011 à 2014. Numa primeira olhada pensou: preciso trocar o óculo! Continua.