O PMDB, o óculo e a professora
Eduardo
Mattos Cardoso eduardomattoscardoso@gmail.com
O mercado óptico tem crescido muito.
“Nunca na história desse país” se vendeu tanto óculo. Mas parece que a maioria
é falsificado. Anda “ofuscando” a visão de muita gente! É claro que não devemos
esquecer que a visão do ser humano – e consequentemente daquilo que se quer
enxergar – está diretamente relacionado com a capacidade e o alcance de seu
pensamento.
O PMDB parece contribuir para o uso
de “óculos piratas”. O partido atual é oriundo da bipartidarização da Ditadura.
Até a abertura democrática de meados da década de 1980 dois partidos dominavam:
a ARENA, partido oficial que dava sustentação aos militares, e o MDB, que
“fazia de conta” que era oposição. Acostumou-se com os bastidores do poder.
Com a redemocratização não largou
mais “o osso” federal. Sarney foi presidente de 1985 à 89. O PMDB esteve junto
com Collor de 1990 à 92. Quando este foi cassado, seu vice Itamar Franco
assumiu pelo PMDB até 1994. De 1995 à 2002 o PMDB esteve abraçado com Fernando
Henrique Cardoso. E em nome da “governabilidade” está desde 2003 até hoje de
“mãos dadas” com o PT.
No Rio Grande do Sul, a partir da
redemocratização, o PMDB teve Pedro Simon como Governador até 1990. Antônio
Britto governou de 1995 à 98. De 2003 à 2006 foi a vez de Germano Rigotto. O
PMDB apoiou Yeda Crusius do PSDB de 2007 à 2010. E agora voltou com Sartori.
Lembrando-se desse “ad aeternum” do PMDB no poder e sua
volta com Sartori, uma professora estadual começou a comparar seus
contracheques desde o tempo do Simon. Fez uma comparação simples. Somou as
reposições salariais autorizadas por Simon, Britto, Rigotto e Yeda. E comparou com
o que foi recebido de 2011 à 2014. Numa primeira olhada pensou: preciso trocar
o óculo! Continua.