terça-feira, 4 de novembro de 2014


Para o GringoEduardo Mattos Cardoso
eduardomattoscardoso@gmail.com


“Prezado Gringo. A campanha tá boa por aqui. Em Três Cachoeiras estamos abraçados com o PMDB. Pode olhar as fotinhos nas redes sociais. Pra acabar com essa “petezada” fazemos qualquer negócio. Na eleição municipal a gente faz de conta que é adversário. É sempre assim. Depois a gente se junta. O povo tem memória curta mesmo.

Aquele tempo que tu passou descansando olhando para o Mampituba lá do alto te ajudou bastante. Quando apareceu aquela fotinho num jornal, e tu dizia que não queria saber mais de nada depois do longo tempo em Caxias, eu entendi a mensagem. Por aqui me chamam de “tanso”. Podem me chamar do que quiser. O importante é ganhar eleição.

Eu sei que tu é “macaco velho” na coisa. Mas essa de “meu partido é o rio grande” tá muito bom. O povo gosta mesmo de ser empulhado. Veja o que eu inventei por aqui na última eleição: “Primeiro as pessoas” e “Três Cachoeiras pode mais”. Adoraram e compraram, ou melhor, comprei. O povo gosta é de frase vazia.

No mais continua assim. Tá do jeito que a gente gosta. Vamos botar a “petezada” pra correr. Mas te prepara que até dia 26 o sem bigode vai vir com tudo. Mas a tua estratégia tá boa. Primeiro fugir do debate no primeiro turno. Fez como eu fiz por aqui. O povo adora covarde. Quanto mais covarde melhor. Agora no segundo turno vai a um ou outro debate, principalmente o da Rede Baita Sol, mas enrola como tu vem fazendo. Deve ser normal isso. Mas não importa.

De resto, quando o sem bigode relembrar o tempo do Simon, do Brito e do Rigotto e vir com essa história de comparação, te faz de loco como sempre. O povo não lembra mesmo daquele rolo do falecido Lindomar, irmão do Rigotto, no tempo do Simon. E nem do tempo em que o Brito com a nossa ajuda vendeu quase tudo o que era do estado. Segue enrolando. Atenciosamente, Reizinho Poltrão.”

Crônica publicada no jornal Fato em Foco do dia 17 de outubro do 2014