sexta-feira, 28 de novembro de 2014


Segundo ano à direita
Eduardo Mattos Cardoso
eduardomattoscardoso@gmail.com


Enquanto o espírito golpista da direita vai perdendo folego, a vida segue. Falar em Comunismo em um país onde se incentiva cada vez mais o consumo desenfreado é coisa de mal informado ou de má fé mesmo. Nosso povo é diferente mesmo. Reelege candidata a presidenta que aumenta tudo, até a qualidade de vida. Esse Brasil não toma jeito.

Aqui nos pampas, os jornais da capital já preparam manchetes para a primeira semana de janeiro de 2015. Primeiras palavras do governador “Gringo” empossado: “O estado está quebrado”. Baita novidade. Até minha cadela sabe. No sul nos achamos mais diferentes ainda. Gabamos-nos de não votar com a barriga. Votamos para derrubar alguém. Inteligência pura. Viva o gauchismo.

No estado e no país tudo começa ou recomeça politicamente no ano novo. Os municípios estão fechando dois anos do mandato atual. Se a tal da reforma política acontecesse talvez fosse melhor. Entre as propostas está o fim da reeleição, mandato de cinco anos e unificação dos pleitos, ou seja, todas as eleições em uma só data. Os poleiros diminuiriam.

Será que as primeiras medidas de um governante indicam o tipo de governo que vai fazer? Começar progressista e assim continuar; ou começar medíocre ou terminar pior? Nossa realidade municipal não é muito animadora.

O “Gringo” deve começar dizendo o mesmo que nosso “Jênio” disse no início do seu governo: “Tá tudo quebrado, não tem dinheiro pra nada”. Mas será que o futuro governador vai gozar da nossa cara como fez nosso prefeito? Para refrescar a memória: quando Quartinho assumiu o poder em 2013 fez uma choradeira patética sobre a situação financeira da prefeitura. Muitos engoliram e choraram junto. Um mês depois num “canetaço” aumentou o salário dos secretários em apenas 44%, entre outras farras.

O segundo ano de mandato de nosso “Jênio” esta fechando. Uma maravilha. Obras concluídas e bem feitas. Atendimento de saúde próprio a qualquer hora. Funcionários públicos com aquele atendimento cordial e imparcial. O município está se endireitando. Para a direita.


Crônica publicada no jornal Fato em Foco do dia 14 de novembro de 2014