segunda-feira, 23 de março de 2015


PPetrolão sobre rodas
Eduardo Mattos Cardoso
eduardomattoscardoso@gmail.com

Até agora parecia que o único partido envolvido na roubalheira da Petrobras era o PT. No entanto, a tão esperada lista do Procurador Geral da República trouxe surpresas que não deveriam surpreender tanto assim. O partido que mais nomes têm é o PP (Partido Progressista) seguido de PMDB, PT, e quem diria, até o PSDB.

Os “vestais” da moralidade aproveitam qualquer denúncia para acabar com a reputação de alguém. Ainda mais quando conta com a ajuda manipuladora dos “donos do poder” da mídia. Mas quando seus nomes aparecem no meio da lama dizer que não sabem de nada.

No Rio Grande do Sul a lista pegou em cheio toda a bancada de Deputados Federais do PP. Presumindo inocência e tentando esquivar o PP da lambança, a Senadora do PP Ana Amélia Lemos falou nos últimos dias em moralidade também. Logo ela que era empregada da RBS e do seu marido – senador biônico – no Senado ao mesmo tempo.

Eis que esses deputados federais são bem conhecidos por aqui também. O Vereador Flávio é cabo eleitoral do Deputado Jerônimo Goergen, o chorão. A Vereadora Fabiana é cabo eleitoral do Deputado Renato Molling. José Otávio Germano, aquele mesmo envolvido nas investigações do DETRAN-RS, é apoiado pelo ex-prefeito Valdir. O Prefeito Nestor apoia Vilson Covatti, hoje ex-deputado, que esteve por aqui nos comícios do PP na última eleição com discursos inflamados; fez seu sucessor no congresso: Covatti Filho. Afonso Hamm e Luis Carlos Heinze também são conhecidos em Três Cachoeiras

Tomando como parâmetro a lógica de “onde há fumaça há fogo”, como é que fica agora? Os vereadores e cabos eleitorais do PP de Três Cachoeiras abandonarão seus deputados federais – fontes de recursos e emendas – em nome da moralidade, ou diferentemente de como tratavam os do PT – julgados culpados de antemão – dirão que seus deputados são diferentes e inocentes?

Crônica publicada no jornal Fato em Foco do dia 13 de março de 2015.