terça-feira, 17 de dezembro de 2013


Ano perdido

Eduardo Mattos Cardoso

Professor Mestre em História - eduardomattoscardoso@gmail.com


Do ponto de vista da administração pública municipal, 2013 foi um ano perdido para Três Cachoeiras.

Um interlocutor da direita local (um daqueles que acham que está tudo uma maravilha) referiu que o prefeito municipal é “algo assim tipo” uma árvore de natal: simples decoração.

Discordei veementemente porque se nosso “reizinho” fosse apenas uma figura decorativa tudo bem, afinal está cheio por aí. O problema é que se ele ficasse apenas sentado em sua cadeira estofada, nossa cidade perderia menos.

Por que foi um ano perdido, o caro leitor pode se perguntar.

Porque opção política, ideologia e competência faz toda diferença quando se administra qualquer coisa, ainda mais em se tratando de administração pública. Nesse sentido, um pouco mais da metade dos eleitores de Três Cachoeiras estão sendo enganados. Foram iludidos e mesmo assim alguns esbravejam diante da realidade.

Mas o engodo e a estampa de incompetência eram e são evidentes. O que explica então a opção da maioria pelo atraso? Resposta fácil: puxa-saquismo, fanatismo, inocência ou pura ignorância.

Essa turma da “phodrydorus pholytykays” que está hoje na prefeitura, anda na contramão da História.

Conseguiram passar um ano inteiro retrocedendo, ou apenas com o trivial. Opa! Desculpem, esqueci que realizaram a rançosa e inútil (do jeito que é concebida) festa do caminhoneiro que tinha donos e vai continuar tendo. Fora isso, nem dar continuidade ao que estava sendo feito conseguem. Pelo contrário, obras paradas (espalhadas pelo município) e algumas correndo o risco de não serem realizadas. Ranço ou malandragem? Veremos.

Isso tudo apoiado por legisladores situacionistas de atuação vergonhosa.

A última seção do dia nove de dezembro foi uma delas. O Mampituba não passou. De propósito ou por acaso? Por esse motivo, o presidente do legislativo que enrolou a população o ano inteiro deu mais uma cartada das suas: engavetou nesse dia a votação do projeto de lei que AUMENTA o valor da hora máquina para agricultores.

É, debate e clareza não inspiram nosso “falastrão” legislador.

Mas dizem por aí que ainda poderemos ter surpresas nos próximos dias.

Uma delas é a possível aparição do prefeito Nestor disfarçado de Papai Noel na “Cantata de Natal”. E que de dentro do seu tradicional saco distribuirá presentes para os expectadores (que só assistem mesmo): os novos carnês de IPTU e Taxa de Lixo atualizados.


Artigo publicado no jornal Fato em Foco no dia 13 de novembro de 2013