segunda-feira, 19 de maio de 2014

Quem manda em Três Cachoeiras?

Eduardo Mattos Cardoso

eduardomattoscardoso@gmail.com



A pergunta é no sentido político. A resposta que tenho, infelizmente, não é nenhuma novidade: o dinheiro. Não é o povo que manda na cidade. Deveria ser. A maior parte da população só assisti. Paga pra ver. Ou melhor, recebe pra ver. Mas apenas uma vez a cada quatro anos.

Alguns atribuem o mando político atual ao prefeito. Eu nunca acreditei nisso. Primeiro porque como administrador é incompetente. Segundo: para ser eleito vendeu a alma. E toda alma que se vende paga um preço alto. E o pior deles é a ridicularização. Vale o retorno financeiro? O comedor de milho pensa nisso até hoje.

Dois projetos de lei propostos pelo Executivo municipal na última semana comprovam a força e o poder do supremo dinheiro. Um poderia ser chamado de “lei para o inventor da cidade”, perdoando-o por construção irregular. Nesse caso vale a pena ser amigo do chefe e ser financiador de sua campanha. É só uma pequena cobrança por uma pequena parcela da alma vendida. Questão de investimento.

O segundo projeto de lei poderia ser chamado de “lei para pseudo-dono da chave do cofre municipal”. O pseudo é aquele que acha que é alguma coisa mais não é. Está cheio desses e dessas por aí, principalmente na administração pública municipal.

A diferença é que a cada dia que passa fica mais escancarado e nojento. É óbvio que o Prefeito não manda nada. Tem medo de empresário, de contador, de advogado, de vice e de quem mais? Por isso não manda. Não tem autonomia e é manipulado constantemente, sabendo ou não.

É constrangedor ficar sabendo das manipulações do “senhor mouse”. Pela frente é um “poço de bondade”. Por trás faz a “caveira” do chefe e de outros. E vai armando das suas. É um mestre da encenação e falsidade. E como o Ministério Público e a justiça parecem ter esquecido de Três Cachoeiras, a farra segue solta. Até quando? Até se recuperar o investido e se der um pouco mais. Afinal, é questão de negócio. Apenas dinheiro.