domingo, 4 de janeiro de 2015


Um jeito “jenioso” de governar

Eduardo Mattos Cardoso
eduardomattoscardoso@gmail.com


Do saco de histórias de Papai Noel. Era o ano de 2012. Nosso futuro Guia municipal encontrou uma Lâmpada de Gênio num escritório qualquer. Passou a mão e, sem querer, o Gênio apareceu. Era um Gênio tradicional com “G”. O Gênio lhe disse: tu tens direito a três pedidos. Nosso Guia nem um pouco surpreso lascou: “Que pedido o quê seu Gênio, aqui é eu que vou mandar e Gênio por aqui é com “J” mesmo”.

Até que o PTB se esforçou para se manter na coligação “Jeniosa”. Não conseguiu ultrapassar a metade do percurso. A princípio, por um simples motivo: nosso Guia municipal e seu partido parecem não ser confiáveis. Humm! Dizem que confiança só se tem uma vez. Vai confiar nessa teoria!?

Chegamos ao fim do segundo ano de mandato. Agora com um tempero a mais. Com a mudança de lado do PTB é para termos oposição ao jeito “jenioso” de governar. Como as ideias mirabolantes e “jeniosas” de Nosso Guia continuam, a gritaria de seus defensores começou.

A tática agora é jogar para cima da oposição a não realização de alguma coisa. Perguntar não ofende: o que é que foi realizado de novo e útil mesmo em dois anos? O que está acontecendo é uma velha prática do partido no poder. Segurar o dinheiro nos primeiros anos para gastar livremente em tempos e espaços mais perto da próxima eleição.

No início do mandato veio aquela pegadinha de não ter dinheiro, choradeira e prefeitura quebrada com reajuste de 44% para secretários. Entre outras, nesses dois anos, muitas malandragens ocorreram. No campo da malandragem até entendo. Afinal, “malandro é malandro, mané é mané”, já dizia a música, e tem gente que sente prazer em fazer os outros de trouxa.

Acontece que Nosso Guia não desiste de empulhar a turma. A má qualidade nos serviços públicos municipais se aprofunda. Enquanto isso, só nesse ano o prefeito vai “economizar” mais de R$ 1.000.000,00 (Um milhão de Reais). E ainda quer pegar mais um empréstimo para pagar promessa de campanha. Mais um fim de ano “jenioso”.

Crônica publicada no jornal Fato em Foco do dia 12 de dezembro de 2014