sábado, 25 de abril de 2015


Disputa pelo poder
Eduardo Mattos Cardoso
eduardomattoscardoso@gmail.com

A próxima eleição municipal já vem sendo pensada há muito tempo pelos partidos locais e principalmente pelas figuras que querem o poder e pensam que o tem. E à medida que o tempo passa a disputa fica cada vez mais escancarada. Para não dizer asquerosa.

De fato, devido a sua importância, uma eleição não deve ser pensada de última hora. Para o bem da coletividade deve ser tratada com o zelo que merece. Infelizmente não é isso que ocorre ou está ocorrendo em nossa cidade.

O que se vê é uma disputa de egos. Ideias, ideologias, histórico de partidos e candidatos/as ficam em segundo plano. E esse modo de fazer politicagem continua a atrasar o município. Seria um insulto à política chamar de política o que fazem algumas pessoas que se dizem bons, com destaque ao grupelho que se apossou do que é público atualmente em Três Cachoeiras.

Entre tantos outros males que assombram a política brasileira destaco dois para o cenário trescachoeirense. Primeiro é a satisfação de egos; segundo é a apropriação em proveito particular do que deve ser de todos. “Se Maomé não vai à montanha, a montanha vem a Maomé”. Por aqui fica assim: “Meu prédio na avenida está certo, a lei é que deve ser mudada”.

Com interesses pessoais evidentes, certas figuras estão mostrando suas garras. Outro está mostrando os dentes e sua capacidade de roer. Sua “fantástica fábrica de favores” está recebendo cada vez mais “incentivo fiscal”. Tudo em nome de uma autoproclamada missão divina de caridade que conta com o apoio de fanáticos como em uma seita.

Todo favor pessoal em troca de voto é fraude. E o que se anuncia não parece promissor. Basta saber se terão coragem de enfrentar a lógica da “grenalização” da política local: não importa quem é o candidato ou partido, importa é derrubar quem está no poder.

Crônica publicada no jornal Fato em Foco do dia 3 de abril de 2015.