sábado, 5 de outubro de 2013


Reizinho poltrão

Eduardo Mattos Cardoso

Professor Mestre em História


Diante da polêmica atual não posso ficar calado. Desde já sou contra. Por um simples motivo: não é prioridade. Tampouco necessário. É necessário sim, digamos com coragem, para a especulação imobiliária que esta transformando a cidade de Três Cachoeiras em um feudo pequeno burguês. De poucos, obviamente.

Sou contra projetos desnecessários. Asfaltar rua no centro urbano do município não tem urgência. E o que é pior: já é pavimentada. Nesse caso não é burrice, é interesse puro. Como mal pagador de promessas, nosso prefeito deu mais uma fora. Fora do interesse da maioria. Não acredito, até agora, que o prefeito municipal seja capaz de tocar para frente um projeto útil. Desde que assumiu o executivo municipal só efetivou trapalhadas.

Prioridade é pavimentar as estradas de nosso interior. Do Rio do Terra, do Morro Azul, do Chimarrão e o que falta da Chapada dos Mesquitas entre outras. São esses lugares que precisam de atenção e cuidado. Não sou contra campos de futebol e ginásios. Mas se as emendas parlamentares que nossos vereadores tanto falam fossem canalizadas para o fim de pavimentar – por exemplo, com blocos de concreto – um ou dois quilômetros por ano de cada estrada, isto sim seria demonstração de grandeza e evitaria muitos gastos com manutenção. Igualmente evitaria “puxa-saquismo” e bate-bocas inúteis e intermináveis.

Mas do jeito que estão indo as coisas fica difícil acreditar em boas e coletivas realizações. Também pudera: o que esperar de um prefeito que se acovardou diante de um simples debate eleitoral e que continua sendo poltrão diante do debate constante e necessário sobre as reais prioridades do município? Quem sabe a resposta?

Entretanto, o mais triste é observar que o poder subiu à cabeça de nosso prefeito reizinho e que isso o faz não enxergar nada a sua volta senão a incapacidade, a teimosia e a inclinação a gastar com coisas inúteis. E aqui cabe um anexo. O que é mais covarde: um “pasquim” circulando na cidade com algumas verdades ou vereadores letrados de situação com discursos covardes e rasteiros. É nível baixo também. Muito baixo. Covardia pura com palavras “bonitas”. Não seria diferente vindo de quem.

Resumo da ópera: se os vereadores aprovarem vai ser uma covardia para com o povo trescachoeirense. E ainda com empréstimo é mais preocupante. A prefeitura tem dinheiro. Então por que pegar emprestado? Tem cheiro de golpismo em longo prazo.


Artigo publicado no jornal O Fato em Foco no dia 04 de outubro de 2013.