Noite de “cabrito”
Eduardo
Mattos Cardoso eduardomattoscardoso@gmail.com
A originalidade de Três Cachoeiras
parece não ter limites. É muita criatividade. Sexta-feira foi reinventada e
turbinada. Principalmente ao fim da tarde, entrando na noite se necessário. A
noite vira quase uma festa. Aí até os “cabritos são pardos”. Dizem as boas
línguas que existem “cabritos que podem mais” do que um cabrito qualquer.
Tem o “cabrito carregadeira”, conhecido
popularmente como “cabrito patrola”. Esse parece um “bom bril”, faz quase tudo:
carrega, espalha, faz buraco, limpa...
Outro tipo é o “cabrito caçamba”.
Geralmente age em parceria com o “cabrito carregadeira”. É uma dupla quase
inseparável. Quando o “cabrito caçamba” é ajudado por seu parceiro, acontece um
fenômeno curioso na frente de muitas casas ou terrenos: aparecem “montes”
nesses lugares. Têm locais que banhados somem por causa desses montes que são
feitos e espalhados pelos amigos. Mas não para por aí. O “cabrito caçamba” é
capaz de transportar objetos variados, de entulho à mudança.
Não menos conhecido é o “cabrito
retroescavadeira”. É uma espécie multitarefa também. Abre buraco, valo, limpa
aqui e ali, espalha... É muito requisitado no município, tanto no centro como
no interior.
É uma equipe que, ao que parece, faz
hora extra sem custos ao cofre público da Viúva Municipal. Mas uma coisa não
fecha: quem contrata os “cabriteiros” diz que o serviço é pago! Pago por quem?
A Viúva Municipal não paga diretamente, mas seus pertences são usados com ou
sem autorização? Ou com o consentimento de alguém?
Mas isso deve ser mais uma dessas
estórias da carochinha! “Todo mundo sabe que existe, mas ninguém vê nada, ninguém
sabe de nada”. Nem mesmo a oposição – que deveria por obrigação fiscalizar –
sabe alguma coisa. Afinal, daqui pouco mais de um ano e meio trocam os chefes e
provavelmente estes mesmos podem precisar desses “caprinos”. Deve virar lenda!
Ou já é?