Eu não vou!
Eduardo
Mattos Cardoso eduardomattoscardoso@gmail.com
No próximo domingo, dia 16 de
agosto, eu não vou às ruas. Entre outros, compartilho dez motivos que não me
motivam a participar desses atos:
1º: não tenho “ervilha” no cérebro;
2º: não sou golpista;
3º: por honestidade intelectual, não
apoio movimentos de direita, reacionários e golpistas como esse está prometendo
ser;
4º: não compartilho movimento em que
muitas pessoas participantes defendem que sonegação não é corrupção;
5º: não participo de movimentos
apoiados por grupos de comunicação que alienam a sociedade;
6º: não compartilho ódio;
7º: não participo de movimento que
combate a corrupção só de alguns; de outros tudo bem;
8º: não ando de mãos dadas com os
donos do poder ou com “classe sei lá o que” manipulada por esses;
9º: não vejo problema em registrar
CPF nas notas e cupons fiscais; por isso não posso – por questão ética –
participar de movimento junto com muitas pessoas que tem pavor desse
procedimento por que provavelmente não declaram “tudo” em seus impostos de
renda;
10º: tenho coisa melhor e mais útil
para fazer.
Uma delas pode ser uma leitura. Que
tal Noam Chomsky? Qualquer texto ou entrevista dele. Digita no seu buscador e
poderá ler coisas assim: “A população geral não sabe o que está acontecendo, e
nem mesmo sabe que não sabe”.
Pode procurar ainda por Bertold
Brecht? De cara encontrarás uma de suas passagens mais conhecidas: “O pior dos
analfabetos é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos
acontecimentos políticos... O analfabeto político é tão burro que se orgulha e
estufa o peito dizendo que odeia política. Não sabe o imbecil, que de sua
ignorância política, nascem a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos
os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e corruptor...”.